O
começo da década de 1990 marca o surgimento da Era da Informação, graças ao
tremendo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia
da informação. Na Era da Informação, o capital financeiro cede o trono para o
capital intelectual. A nova riqueza passa a ser o conhecimento, o recurso
organizacional mais valioso e importante.
A
Tecnologia da Informação invade a vida das organizações e das pessoas
provocando profundas transformações. Em primeiro lugar, ela permite a
compreensão do espaço. A Era da Informação trouxe o conceito de escritório
virtual. Prédios e escritórios sofreram uma brutal redução em tamanho. A compactação
fez com que arquivos eletrônicos acabassem com o papelório e com a necessidade
de moveis, liberando espaço para outras finalidades. Os centros de
processamento de dados (CPD) foram enxugados e descentralizados por meio de
redes integradas de microcomputadores nas organizações. Surgiram as empresas
virtuais conectadas eletronicamente, dispensando prédios e reduzindo despesas
fixas que se tornaram desnecessárias. A miniaturização, a portabilidade e a
virtualidade passaram a ser a nova dimensão espacial fornecida pela (TI). Em
segundo lugar, a TI permite a compressão de tempo. As comunicações tornam-se
moveis, flexíveis, rápidas, diretas e em tempo real, permitindo maior tempo de
dedicação ao cliente. Em terceiro lugar, a TI permite a conectividade. Com o
microcomputador portátil, multimídia, trabalho em grupo, estações de trabalho,
integram-se ao teletrabalho em que as pessoas trabalham juntas, embora
distantes fisicamente. (CHIAVENATO, 2003, p. 577).
Na era da
informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro para
ser o capital intelectual, baseado no conhecimento. Trocando em miúdos, isso
significa que o recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro,
mas o conhecimento. O capital financeiro guarda sua importância relativa, mas
ele depende totalmente do conhecimento sobre aplicá-lo e rentabilizá-lo
adequadamente. O conhecimento ficou na dianteira de todos os demais recursos
organizacionais, pois todos eles passaram a depender do conhecimento.
Conhecimento é a informação estruturada que tem valor para urna organização. O
conhecimento conduz às novas formas de trabalho e de comunicação, a novas
estruturas e tecnologias e a novas formas de interação humana. E onde está o
conhecimento? Na cabeça das pessoas. São as pessoas que aprendem, desenvolvem e
aplicam o conhecimento na utilização adequada dos demais recursos
organizacionais. Os recursos são estáticos, inertes e dependentes da
inteligência humana que utiliza o conhecimento. O conhecimento é criado e
modificado pelas pessoas e é obtido por meio da interação social, estudo, trabalho
e lazer. Assim, as organizações bem-sucedidas são aquelas capazes de conquistar
e motivar as pessoas para que elas aprendam e apliquem seus conhecimentos na
solução dos problemas e na busca da inovação rumo a excelência. O conhecimento
é um recurso diferente. Ele não ocupa espaço físico. Ele é um ativo intangível.
(CHIAVENATO, 2003, p. 593).
Com
todas essas conseqüências, a tecnologia passa a constituir a principal
ferramenta a serviço do homem. A tecnologia guarda, recupera, processa, divulga
e propaga a informação. E é a informação que leva ao conhecimento. Na idade da
informação instantânea, as coisas mudam rápida e incessantemente. Em uma
economia globalizada, a administração torna-se artigo de primeira necessidade e
não é mais possível implementar estratégias de terceira geração.
Como
a mudança chegou para valer, as organizações empresarias ou de ensino, devem
procurar as alternativas para acompanha-Ia ou, pelo menos, não ficar muito
longe dela. A estratégia está em se buscar soluções práticas e que atendam as
emergências impostas pelas mudanças e transformações.
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Fernando Silva
Bons textos, colega. Abraços.
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