quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Era da Informação: Mudanças e Incertezas

O começo da década de 1990 marca o surgimento da Era da Informação, graças ao tremendo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia da informação. Na Era da Informação, o capital financeiro cede o trono para o capital intelectual. A nova riqueza passa a ser o conhecimento, o recurso organizacional mais valioso e importante.
A Tecnologia da Informação invade a vida das organizações e das pessoas provocando profundas transformações. Em primeiro lugar, ela permite a compreensão do espaço. A Era da Informação trouxe o conceito de escritório virtual. Prédios e escritórios sofreram uma brutal redução em tamanho. A compactação fez com que arquivos eletrônicos acabassem com o papelório e com a necessidade de moveis, liberando espaço para outras finalidades. Os centros de processamento de dados (CPD) foram enxugados e descentralizados por meio de redes integradas de microcomputadores nas organizações. Surgiram as empresas virtuais conectadas eletronicamente, dispensando prédios e reduzindo despesas fixas que se tornaram desnecessárias. A miniaturização, a portabilidade e a virtualidade passaram a ser a nova dimensão espacial fornecida pela (TI). Em segundo lugar, a TI permite a compressão de tempo. As comunicações tornam-se moveis, flexíveis, rápidas, diretas e em tempo real, permitindo maior tempo de dedicação ao cliente. Em terceiro lugar, a TI permite a conectividade. Com o microcomputador portátil, multimídia, trabalho em grupo, estações de trabalho, integram-se ao teletrabalho em que as pessoas trabalham juntas, embora distantes fisicamente. (CHIAVENATO, 2003, p. 577).

Na era da informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro para ser o capital intelectual, baseado no conhecimento. Trocando em miúdos, isso significa que o recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro, mas o conhecimento. O capital financeiro guarda sua importância relativa, mas ele depende totalmente do conhecimento sobre aplicá-lo e rentabilizá-lo adequadamente. O conhecimento ficou na dianteira de todos os demais recursos organizacionais, pois todos eles passaram a depender do conhecimento. Conhecimento é a informação estruturada que tem valor para urna organização. O conhecimento conduz às novas formas de trabalho e de comunicação, a novas estruturas e tecnologias e a novas formas de interação humana. E onde está o conhecimento? Na cabeça das pessoas. São as pessoas que aprendem, desenvolvem e aplicam o conhecimento na utilização adequada dos demais recursos organizacionais. Os recursos são estáticos, inertes e dependentes da inteligência humana que utiliza o conhecimento. O conhecimento é criado e modificado pelas pessoas e é obtido por meio da interação social, estudo, trabalho e lazer. Assim, as organizações bem-sucedidas são aquelas capazes de conquistar e motivar as pessoas para que elas aprendam e apliquem seus conhecimentos na solução dos problemas e na busca da inovação rumo a excelência. O conhecimento é um recurso diferente. Ele não ocupa espaço físico. Ele é um ativo intangível. (CHIAVENATO, 2003, p. 593).

Com todas essas conseqüências, a tecnologia passa a constituir a principal ferramenta a serviço do homem. A tecnologia guarda, recupera, processa, divulga e propaga a informação. E é a informação que leva ao conhecimento. Na idade da informação instantânea, as coisas mudam rápida e incessantemente. Em uma economia globalizada, a administração torna-se artigo de primeira necessidade e não é mais possível implementar estratégias de terceira geração.
Como a mudança chegou para valer, as organizações empresarias ou de ensino, devem procurar as alternativas para acompanha-Ia ou, pelo menos, não ficar muito longe dela. A estratégia está em se buscar soluções práticas e que atendam as emergências impostas pelas mudanças e transformações.

_ Fernando Silva

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