Pelas
previsões, deveríamos hoje ter um carro voador na garagem e um robô na cozinha.
O ritmo das conquistas tecnológicas do século XX superou tudo o que a
humanidade jamais sonhou em séculos passados. Thomas Edson patenteou a lâmpada
incandescente, 1879, quase 300 anos depois que a eletricidade começou a ser
estudada a sério. A primeira bomba atômica explodiu menos de sete anos depois
da descoberta teórica da fissão do urânio. Pelo ritmo dos avanços,
acreditava-se que depois da Lua, em 1969, o planeta Marte seria visitado em
1980 e no final do século XX o homem estaria a bordo de uma nave interestelar
capaz de navegar para qualquer lugar do espaço. Salvo os exageros, desde que a
humanidade descobriu o fogo, a roda e a alavanca, as descobertas tiveram um
ritmo cada vez mais acelerado e com forte aplicação na sociedade.
Segundo
Castells (1999), duas revoluções industriais contribuíram para essa evolução em
ritmo tão intenso: a primeira começou pouco antes dos últimos trinta anos do
século XVIII, caracterizada por novas tecnologias como a máquina a vapor e de
forma mais geral, a substituição das ferramentas manuais pelas máquinas; a
segunda, aproximadamente cem anos depois, destacou-se pelo desenvolvimento da
eletricidade e pelo início das tecnologias de comunicação, com a difusão do
telégrafo e a invenção do telefone.
O
desenvolvimento tecnológico ganhou considerável força e velocidade a partir da
segunda metade do século XX, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial que
impulsionou e acelerou o processo de inovação tecnológica e influenciou as
mudanças nas relações sociais. Nesse período se deram as primeiras descobertas
tecnológicas em eletrônica com destaque para o primeiro computador programável
e o uso cada vez mais acentuado da microeletrônica, principal responsável pela
revolução da tecnologia da informação no século XX.
O avanço gigantesco na
difusão da microeletrônica em todas as máquinas ocorreu em 1971 quando o
engenheiro da Intel, Ted Hoff, inventou o microprocessador. Assim a capacidade
de processar informações poderia ser instalada em todos os lugares.
Apesar
do ritmo acelerado das tecnologias, os primeiros computadores surgiram somente
em 1946 na Filadélfia, onde Mauchly e Eckert desenvolveram o primeiro computador
para uso geral, o ENIAC (Calculadora e Integrador Numérico Eletrônico).
Castells (1999) destaca que o primeiro
computador eletrônico, o ENIAC, tinha proporções gigantescas:
Pesava 30
toneladas, usava cartões perfurados e tinha, entre outras funções, de fazer
cálculos de balística para o Exército americano. Foi construído sobre
estruturas metálicas com 2,75 m de altura, tinha 70 mil resistores e 18 mil
válvulas a vácuo e ocupava a área de um ginásio esportivo. Quando ele foi
acionado, seu consumo de energia foi tão alto que as luzes de Filadélfia
piscaram (CASTELLS, 1999, p. 79).
Em 1981 a IBM introduziu sua versão do
microcomputador com um nome brilhante: Computador Pessoal (PC) que, na verdade,
se tornou o nome genérico dos computadores e uma condição fundamental para a
difusão dos microcomputadores foi preenchida com o desenvolvimento de um software
adaptado a suas operações. O software para PC surgiu em meados dos anos
70 a partir do entusiasmo gerado por dois jovens desistentes de Harvard, Bill
Gates e Paul Allen que ao perceberem o potencial do produto lançado criaram a
Microsoft.
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Fernando Silva.
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