quarta-feira, 16 de maio de 2012

Evolução Histórica das Tecnologias

Pelas previsões, deveríamos hoje ter um carro voador na garagem e um robô na cozinha. O ritmo das conquistas tecnológicas do século XX superou tudo o que a humanidade jamais sonhou em séculos passados. Thomas Edson patenteou a lâmpada incandescente, 1879, quase 300 anos depois que a eletricidade começou a ser estudada a sério. A primeira bomba atômica explodiu menos de sete anos depois da descoberta teórica da fissão do urânio. Pelo ritmo dos avanços, acreditava-se que depois da Lua, em 1969, o planeta Marte seria visitado em 1980 e no final do século XX o homem estaria a bordo de uma nave interestelar capaz de navegar para qualquer lugar do espaço. Salvo os exageros, desde que a humanidade descobriu o fogo, a roda e a alavanca, as descobertas tiveram um ritmo cada vez mais acelerado e com forte aplicação na sociedade.

Segundo Castells (1999), duas revoluções industriais contribuíram para essa evolução em ritmo tão intenso: a primeira começou pouco antes dos últimos trinta anos do século XVIII, caracterizada por novas tecnologias como a máquina a vapor e de forma mais geral, a substituição das ferramentas manuais pelas máquinas; a segunda, aproximadamente cem anos depois, destacou-se pelo desenvolvimento da eletricidade e pelo início das tecnologias de comunicação, com a difusão do telégrafo e a invenção do telefone.

O desenvolvimento tecnológico ganhou considerável força e velocidade a partir da segunda metade do século XX, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial que impulsionou e acelerou o processo de inovação tecnológica e influenciou as mudanças nas relações sociais. Nesse período se deram as primeiras descobertas tecnológicas em eletrônica com destaque para o primeiro computador programável e o uso cada vez mais acentuado da microeletrônica, principal responsável pela revolução da tecnologia da informação no século XX.
        
O avanço gigantesco na difusão da microeletrônica em todas as máquinas ocorreu em 1971 quando o engenheiro da Intel, Ted Hoff, inventou o microprocessador. Assim a capacidade de processar informações poderia ser instalada em todos os lugares.
        
Apesar do ritmo acelerado das tecnologias, os primeiros computadores surgiram somente em 1946 na Filadélfia, onde Mauchly e Eckert desenvolveram o primeiro computador para uso geral, o ENIAC (Calculadora e Integrador Numérico Eletrônico).

         Castells (1999) destaca que o primeiro computador eletrônico, o ENIAC, tinha proporções gigantescas:

Pesava 30 toneladas, usava cartões perfurados e tinha, entre outras funções, de fazer cálculos de balística para o Exército americano. Foi construído sobre estruturas metálicas com 2,75 m de altura, tinha 70 mil resistores e 18 mil válvulas a vácuo e ocupava a área de um ginásio esportivo. Quando ele foi acionado, seu consumo de energia foi tão alto que as luzes de Filadélfia piscaram (CASTELLS, 1999, p. 79).

         Em 1981 a IBM introduziu sua versão do microcomputador com um nome brilhante: Computador Pessoal (PC) que, na verdade, se tornou o nome genérico dos computadores e uma condição fundamental para a difusão dos microcomputadores foi preenchida com o desenvolvimento de um software adaptado a suas operações. O software para PC surgiu em meados dos anos 70 a partir do entusiasmo gerado por dois jovens desistentes de Harvard, Bill Gates e Paul Allen que ao perceberem o potencial do produto lançado criaram a Microsoft.

_ Fernando Silva.

A Sociedade das Novas Tecnologias


Estamos vivendo um período revolucionário que vai além dos computadores e das inovações na área de telecomunicações. As mudanças estão ocorrendo nas áreas econômicas, sociais, culturais, políticas, religiosas, institucionais e até mesmo filosóficas. Uma nova civilização está nascendo que envolve uma nova maneira de viver (TOFFLER, 1993).

Tofl1er, no seu livro A Terceira Onda, retrata as mudanças ocorridas na humanidade através da metáfora das "ondas da humanidade". As "ondas" às quais Tofl1er se refere, sempre retratam as diferentes formas de criação de riquezas. A primeira onda foi quando a raça humana passou de uma civilização tipicamente nômade para uma civilização basicamente agrícola, sedentária. Isso aconteceu cerca de 10 mil anos atrás.

A segunda onda ocorreu quando a civilização basicamente agrícola passou para uma civilização basicamente industrial. O início dessa mudança se deu há cerca de 300 anos, nos EUA e na Europa, apesar de atualmente muitas regiões do mundo ainda não terem atingido esse estágio.

A terceira onda começou por volta de 1955 nos Estados Unidos e em alguns outros países que estavam no auge de seu desenvolvimento industrial. Sua principal inovação está no fato de que o conhecimento passou a não ser um meio adicional de produção de riquezas, mas o meio dominante. O conhecimento se tomou um ingrediente indispensável nos diversos sistemas produtivos.

Diante do exposto, fica evidente que se faz necessária à formação de um novo homem. O perfil do novo profissional não é mais o de especialista. O importante agora é saber lidar com diferentes situações, resolver problemas imprevistos, ser flexível e multifuncional e estar sempre aprendendo. Portanto, em constante evolução.

O fato é que as novas tecnologias estão por toda parte, é uma realidade social, não podemos e nem devemos fugir delas. Como diz o ditado popular: "se correr o bicho pega se ficar o bicho come".
_ Fernando Silva.

A Era da Informação: Mudanças e Incertezas

O começo da década de 1990 marca o surgimento da Era da Informação, graças ao tremendo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia da informação. Na Era da Informação, o capital financeiro cede o trono para o capital intelectual. A nova riqueza passa a ser o conhecimento, o recurso organizacional mais valioso e importante.
A Tecnologia da Informação invade a vida das organizações e das pessoas provocando profundas transformações. Em primeiro lugar, ela permite a compreensão do espaço. A Era da Informação trouxe o conceito de escritório virtual. Prédios e escritórios sofreram uma brutal redução em tamanho. A compactação fez com que arquivos eletrônicos acabassem com o papelório e com a necessidade de moveis, liberando espaço para outras finalidades. Os centros de processamento de dados (CPD) foram enxugados e descentralizados por meio de redes integradas de microcomputadores nas organizações. Surgiram as empresas virtuais conectadas eletronicamente, dispensando prédios e reduzindo despesas fixas que se tornaram desnecessárias. A miniaturização, a portabilidade e a virtualidade passaram a ser a nova dimensão espacial fornecida pela (TI). Em segundo lugar, a TI permite a compressão de tempo. As comunicações tornam-se moveis, flexíveis, rápidas, diretas e em tempo real, permitindo maior tempo de dedicação ao cliente. Em terceiro lugar, a TI permite a conectividade. Com o microcomputador portátil, multimídia, trabalho em grupo, estações de trabalho, integram-se ao teletrabalho em que as pessoas trabalham juntas, embora distantes fisicamente. (CHIAVENATO, 2003, p. 577).

Na era da informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro para ser o capital intelectual, baseado no conhecimento. Trocando em miúdos, isso significa que o recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro, mas o conhecimento. O capital financeiro guarda sua importância relativa, mas ele depende totalmente do conhecimento sobre aplicá-lo e rentabilizá-lo adequadamente. O conhecimento ficou na dianteira de todos os demais recursos organizacionais, pois todos eles passaram a depender do conhecimento. Conhecimento é a informação estruturada que tem valor para urna organização. O conhecimento conduz às novas formas de trabalho e de comunicação, a novas estruturas e tecnologias e a novas formas de interação humana. E onde está o conhecimento? Na cabeça das pessoas. São as pessoas que aprendem, desenvolvem e aplicam o conhecimento na utilização adequada dos demais recursos organizacionais. Os recursos são estáticos, inertes e dependentes da inteligência humana que utiliza o conhecimento. O conhecimento é criado e modificado pelas pessoas e é obtido por meio da interação social, estudo, trabalho e lazer. Assim, as organizações bem-sucedidas são aquelas capazes de conquistar e motivar as pessoas para que elas aprendam e apliquem seus conhecimentos na solução dos problemas e na busca da inovação rumo a excelência. O conhecimento é um recurso diferente. Ele não ocupa espaço físico. Ele é um ativo intangível. (CHIAVENATO, 2003, p. 593).

Com todas essas conseqüências, a tecnologia passa a constituir a principal ferramenta a serviço do homem. A tecnologia guarda, recupera, processa, divulga e propaga a informação. E é a informação que leva ao conhecimento. Na idade da informação instantânea, as coisas mudam rápida e incessantemente. Em uma economia globalizada, a administração torna-se artigo de primeira necessidade e não é mais possível implementar estratégias de terceira geração.
Como a mudança chegou para valer, as organizações empresarias ou de ensino, devem procurar as alternativas para acompanha-Ia ou, pelo menos, não ficar muito longe dela. A estratégia está em se buscar soluções práticas e que atendam as emergências impostas pelas mudanças e transformações.

_ Fernando Silva